Pesquisar neste blogue

domingo, 1 de novembro de 2009

(Discurso na íntegra de Álvaro Teixeira)

Na sequência da derrota sofrida que, confesso, não esperava, muito menos pela diferença que foi, quero agradecer a todos os que me apoiaram, dando-me o seu voto.
Em democracia é isto, umas vezes ganha-se, outras vezes perde-se, pena é que tenha havido tanta distracção, tanta falsidade, tanta traição, tanta mesquinhez.
Pena é, também, que tantos regadenses ainda acreditem num homem de tão mau carácter, que tantas provas deu já de que não está minimamente interessado em respeitar a nossa terra.
Sei que fiz, com o apoio incondicional da minha equipa, um bom trabalho, apesar da oposição cerradíssima dessa mentalidade aberrante que dá pelo nome de José Ribeiro.
Saio mais pobre da Junta do que quando entrei, porque me empenhei muito no serviço à freguesia e me desleixei um pouco na minha vida privada, mas nem isso me faz arrepender dos anos que dispensei no serviço à nossa terra.
Tive a vida muito dificultada, por pessoas invejosas e egoístas, que em momento algum pensaram no quanto prejudicavam a freguesia.
Penso que iniciei uma nova forma de servir a comunidade, tendo sempre presente o verdadeiro espírito de serviço público.
Criei as melhores condições de trabalho aos colaboradores da Junta, mas o seu comportamento (de quase todos) deixou sempre muito a desejar e ultimamente tornou-se mesmo desprezível, a ponto de se empenharem com ordinárias falsidades e lamúrias diabólicas, numa campanha cerrada contra mim. Resta-me ao menos, agora, o alívio de não ter mais que suportar essa gente…
De qualquer forma o que levou a maioria dos regadenses a derrotarem-me foi a permanente chantagem que a Câmara fez. Apostou forte em nada fazer e com isso, e com a cumplicidade de alguns regadenses, levou muitos a acreditarem que eu, empenhado, criativo, vertical, destemido, honesto, humilde q.b., era o mau da fita, e, ele, dotado de uma mentalidade mesquinha, vingativo, um mau carácter, ditador (na medida do que lhe é possível) que nunca respeitou os nobres interesses de Regadas, é o bonzinho?
O seu cinismo tresanda à distância, mas são a maioria os que não lhe sentem o fedor!
O pior é que, como há muito eu temia, à falta de vontade dele de não fazer, vai juntar-se a falta de meios para fazer tudo agora, impedindo Regadas, que tanto rende, de oferecer melhor qualidade de vida.
Enfim, que o grito de revolta comece a ser ouvido, a crescer e a tornar-se ensurdecedor, de tal forma que chegue ao Governo Civil deste Distrito, ao Primeiro-ministro deste País, ou mesmo ao Presidente desta União Europeia, de modo a forçar o investimento a que Regadas tem todo o legítimo direito.