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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Portugal partido ao Meio

Analisando as regiões do interior do País, constatamos que se encontra a desertificar, cada vez existem mais casas vazias e campos a ficarem baldios. Sem ninguém que habite aquelas regiões e, consequentemente, ninguém que cultive aquelas terras férteis e produtivas.

Vendo que o estado português nada faz para alterar esta situação, dando somente interesse à zona litoral do país, não demorará muitas décadas para que o interior do país se torne um verdadeiro deserto populacional. Sem criação de emprego, pois os custos para as empresas que lá se decidam instalar são elevados, juntamente com os mais jovens que tentam a sua sorte nas grandes cidades, já não contando todos aqueles que emigram para países que se encontram em melhores condições económicas que o nosso, o interior perde população e como não existem pessoas para trabalhar, as empresas não investem nestes locais, pois toda a mão-de-obra teria de ser deslocada. Como não existe desenvolvimento empresarial e económico, verifica-se uma diminuição da população, o que leva a uma fuga da população para as grandes cidades, verificando-se um ciclo vicioso.

São inúmeros os portugueses que tentam a sua sorte numa das “grandes cidades” do país, na esperança de um emprego que não tinham na sua região, de um emprego melhor, enfim, são inúmeras as razões que levam os habitantes destas regiões a abandoná-las na busca da concretização de um sonho.

Todavia, não vemos o estado português a combater a desertificação, pois existem cerca de 11 milhões de portugueses, concentrando-se no Centro Metropolitano de Lisboa 2.800.000 habitantes (Lisboa e Concelhos contíguos) e no Centro Metropolitano do Porto 1.000.000 (Porto e Concelhos Contíguos), isto é, 3.800.000 de pessoas na zona de Lisboa e do Porto (35% da população nacional). Será que com os Censos o País vai acordar para um interior adormecido e esquecido?

Gilberto de Sousa,

(Escreve à segunda-feira)