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segunda-feira, 7 de março de 2011

Aborto

Depois de tanto tempo volvido, (sim, já lá vão 4 anos) desde a aprovação da lei de Interrupção Voluntária da Gravidez (Lei do Aborto), decidi tentar saber como andavam a correr as coisas. Devo confessar que não foi com grande espanto que vi os números negros da Lei do Aborto. Nestes últimos 4 anos foram realizados cerca de 60 MIL Abortos! Sim meus caros, 60.000! Este número chocou-me, pois isso significa que mais de 60.000 crianças não chegaram a nascer, sendo que a maior parte das mulheres que decide abortar tem entre 20 e 30 anos. Este número acabou também por contribuir para a despesa nacional tendo o Estado gasto nestes últimos 4 anos 100 Milhões de Euros para que fossem realizados.

É óbvio que estes números incluem os abortos devido a má formação dos fetos, gravidezes resultantes de violações e entre outras razões, razões essas, de cada um que decide. Quanto às duas primeiras razões, em minha opinião, trazer uma criança ao mundo para não poder ter uma vida normal (no caso de deficiências graves), ou então ser fruto de um acto horrível que uma mulher sofreu, não é de censurar, mas relativamente ao facto de usarem o aborto como método contraceptivo, não acho compreensível.

Não ponho em causa que existam razões para que um casal decida abortar, mas antes de o fazer, deveria ter evitado engravidar, era uma solução bem melhor, uma vez que um aborto traz repercussões ao nível da saúde da mulher, quer física, quer psicológica.

Antigamente, nos tempos dos nossos pais e avós, não existiam conhecimentos acerca de métodos contraceptivos como existem hoje, nem existia um verdadeiro planeamento familiar. E há pouco tempo nas farmácias pedia-se ao farmacêutico uma caixa de preservativos ou pílulas, mas hoje em dia é diferente, chega-se ao hospital e “Queria um aborto, por favor…”

Gilberto de Sousa,

(Escreve à segunda-feira)